sexta-feira, 24 de abril de 2015

O Que fazer quando estamos angustiados?

                                                   
  Por Taciano Cassimiro

Texto: Salmo 4.1-8

É verdade que as aflições que nos atingem no dia a dia, muitas vezes roubam-nos a alegria, e em alguns casos até a vontade de viver. A angustia é algo muito perigoso, pois a mesma pode afastar alguns do caminho de Deus Mt 13.21.

De onde nasce a angustia?

Da preocupação ou sensação de insegurança. Pode estar também associada a causas psicológicas como: traumas, complexo, meio ambiente repressor ou desgastante podem desencadear sensações de opressão. A angustia é também uma emoção que precede algo ( acontecimento, uma ocasião, circunstância), também pode-se chegar a angustia atravéz de lembranças traumáticas que dilaceram a alma.

Há angustia sempre esteve presente na historia do povo de Deus a própria Bíblia nos mostra exemplos de servos que se angustiaram em determinados momentos de suas vidas. 

São eles:

1. O profeta Elias depois de ter vencido os 450 profetas de Baal refugiou-se em uma caverna com medo da perseguição e morte 1 Rs 19.9-10; 

2. O profeta Jonas no ventre do peixe sentiu-se em agonia ( angustia ) e clamou ao Senhor Jn 2.2;

3. O grande apostolo dos gentios, Paulo, teve seus momentos de angustias, e relatou aos seus irmãos da igreja de Corinto que mesmo em aflições, ele, sentia prazer por e no amor de Cristo 2 Co 6.4; 12.10.

4. Até nosso Senhor Jesus, no Jardim do Getsêmane, sentiu sua alma ser inundada pela aflição. Sua angustia lhe causava a dura e severa impressão de morte. Mesmo assim entregou-se a vontade de Deus Mc 14.32-36.

Independentemente de nossa espiritualidade, conhecimento teológico ou até mesmo psicológico nós não estamos livres de sermos acometidos pelas angustias da vida.

Vejamos as lições do Salmo 4 que segundo os estudiosos está no mesmo contexto histórico do Salmo 3, que de forma poética revela-nos as dores de Davi mediante a rebeldia de seu filho Absalão ( pai da paz ), como também nos mostra a confiança de Davi em Deus, mesmo em momento turbulento.

No Salmo 4 Davi fala sobre confiar em Deus na angustia.

Diante da certeza de momentos angustiantes como devemos agir, o que devemos fazer quando estamos angustiados?

1. Devemos clamar ao Senhor v.1

Em momentos de angustia devemos e precisamos orar ao Senhor.
João Calvino chamou a oração de “ o principal exercício da fé, mediante a qual recebemos diariamente os benefícios de Deus”.

Em relação à oração surge a seguinte pergunta.
Se a vida cristã inteira, desde o primeiro passo até a perseverança final, é dom de Deus, por que orar então?

Eis a resposta: “Os fiéis não oram para contar a Deus o que ele não sabe, para pressioná-lo em suas tarefas ou apressá-lo quando demora, mas sim a fim de alertar a si mesmos para buscá-lo, para exercitar a fé meditando em suas promessas, livrando-se de suas CARGAS ( ANGUSTIAS ) ao se elevarem a seu íntimo”.

Em nossas angustias devemos clamar ao Senhor, buscá-lo em oração e com certeza encontraremos a paz e alivio que nossas almas necessitam. Pois Ele nos alivia v.1 e nos ouve 3.

A oração deve ser uma prática constante na vida do cristão.

2. Devemos confiar no Senhor v.5

Com certeza a angustia surge como uma resposta aos anseios mais diversos e é um estado da alma em que a aflição e agonia se fazem presente, tendo como companheiro o sofrimento.

O salmista nos ensina que devemos clamar, e CONFIAR no Senhor. Nossa confiança deve ser constante em Deus.

O salmista Davi nos versículos 6 e 7 nos dá duas razões básicas para confiarmos no Senhor:

Primeiro, porque o Senhor levanta sobre nós a luz, a sua luz. O salmista diz isso, não como uma possibilidade, mais como certeza. Isto significa que Deus não está alheio a dor, angustia, do seu servo. É reconfortante saber que o Senhor se interessa por nós mesmo em angustia.

Segundo, porque o Senhor nos concede alegria. Amados, em meio a angustia sentimos alegria, receber alegria é algo muito maravilhoso. O natural no momento de angustia é sentir dor, muita dor, sofrimento. Porém o Senhor nos concede alegria, e não raro encontramos servos em leito de morte transmitindo vida, paz e consolo, e isto se explica pela presença e alegria do Senhor.

Confie no SENHOR em todo tempo, mesmo em tempo de angustia.

3. Devemos descansar no Senhor v.8

Na angustia o natural seria a falta de sossego, de paz, e do sentido de viver. Com o servo de Deus é diferente. O salmista faz questão em mostrar isso por meio de uma experiência tão simples do dia a dia, o ato de dormir. Ele diz que se deita em paz e logo pega no sono.

Quantos não conseguem dormir em paz, descansar tranquilo por não saberem o que fazer com suas angustias.

O servo de Deus sabe o que fazer, ele descansa no Senhor. E faz isto porque tem a convicção de que estar guardado e seguro em Deus.

Retorne ao seu descanso, ó minha alma, porque o Senhor tem sido bom para você! Salmos 116:7

O hino 69 do Novo Cântico,na quarta estrofe nos fala sobre proteção de Deus, e por isso podemos descansar:

Tua ovelha, nos teus braços,
Bem segura guardarás.
Vem livrar-me dos pecados
E guarda-me em tua paz!


Amém.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

A IGREJA E O ESTADO

                                                  
Por Taciano Cassimiro

D. MARTIN LLOYD-JONES (1899-1981) foi um pregador galês, popular e influente, com grandes dons intelectuais, serviu numa congregação da Igreja Presbiteriana de Gales em Aberavon, Port Talbot, de 1927 a 1938, e em seguida à congregação independente na Westminster Chapel, Londres, primeiro como auxiliar e depois como sucessor de G. Campbell Morgan (1863-1945). Jubilou-se em 1968, mas continuou dedicado a pregação itinerante até pouco antes de sua morte.

O texto básico do opúsculo é Efésios 5.3-5

Algumas lições do livreto:

1.  O objetivo do cristianismo e tornar-nos santos e inculpáveis na presença de Deus;

   2.      Por corrermos o perigo de não aplicar a fé cristã a nós mesmos, mas sim de contentar-nos somente em desfrutá-la de maneira teórica;

    3.      O perigo do antinomianismo: bem, não importa muito, portanto, o que eu faço. Se a minha salvação final e certa e garantida, posso viver como eu quiser. Esse é o perigo particular que correm os homens e mulheres que têm o melhor entendimento da verdade;

   4.      O cristianismo é pra ser vivido em cada detalhe de nossas vidas, nos detalhes mais comuns da vida, em tudo que fazemos;

   5.      A vida cristã é o combate da fé. Necessitamos de toda armadura de Deus; temos de vigiar e orar; temos de compreender que estamos cercados de inimigos e perseguidores visíveis e invisíveis, alguns deles dentro de nós, e durante todos os dias nós temos que está alerta;

   6.      E o fato de não fazermos o que é mal, é porque somos santos, e porque estamos no reino de Cristo e de Deus.


Ao tratar da relação Estado e Igreja propriamente dito LIoyd Jones faz as seguintes declarações:

   1 .      Deus está agindo hoje no mundo por meio de duas esferas, a esfera da igreja e do estado;

   2.      Ambas as esferas se destinam em funcionar segundo os métodos e meios que lhes são designados , e jamais deveria haver confusão entre elas;

   3.      A Igreja Cristã não é um Departamento ou Secretária do Estado;

  4.      O erastianismo é uma negação da mensagem cristã. O Estado não está acima da Igreja. A Igreja não é simplesmente uma das atividades do Estado. A Igreja não pertence a mesma esfera do Estado; ela é o reino de Cristo e de Deus! E sempre devemos lutar por essa distinção.

  5.      Se os cristãos querem ajudar o Estado, a melhor maneira é pela pregação de um evangelho que produza tanto cristãos que o Estado terá que dar atenção ao que nós dizemos.

   6.      Não cabe ao Estado pregar; o dever do Estado é usar a espada; é governar; é fazer as leis do parlamento; é punir e ensinar aos homens que se eles não responderem como devem a uma correta visão da vida, merecerão castigo, e certamente o receberão. A graça e a lei não podem se misturar; não pertencem a mesma esfera.

   7.      Que o Estado continue com as suas atividades. Entretanto que não haja confusão de pensamento; doutro modo, haverá fracasso em ambas as esferas.

   8.      O que estou criticando é a confusão das esferas da Igreja e do Estado.

E Excelente opusculo, recomendo aos interessados em saber qual deve ser a relação entre Estado e Igreja.






   

O drama da fé autêntica

Por Taciano Cassimiro

É um livreto publicado pela Editora Paulinas, 69 paginas, contém 17 divisões, muito bem escrito, de fácil leitura e entendimento. O escritor faz uma exposição excelente do Salmo 22 explorando de forma precisa os termos originais, e fazendo as aplicações de forma objetiva. 

De todos os comentários sobre o Salmo 22 este foi o melhor que já li, e recomendo aos estudantes da Bíblia, principalmente, aos apaixonados pela leitura dos Salmos. O livreto é de fato muito edificante. 

Trecho do livro:
 O Salmo 22 é uma das orações de Israel que parece contrariar certas idéias pré-concebidas sobre Deus e sobre o ser humano. Sobre Deus porque – onipotente e bondoso – permanece demasiado silencioso diante da dor, colocando seu amigo “no pó da morte” antes de lhe responder. Sobre o ser humano – imagem do bom Deus – porque pode revelar-se uma besta selvagem para seu irmão!
         Precisamente porque alguns de seus versos parecem confirmar-se na pessoa de Jesus de Nazaré, a maioria dos comentaristas cristãos através dos séculos viu neste salmo uma profecia direta da paixão do messias. Mas também a exegese dos rabinos de Israel reconheceu no salmo a descrição da paixão do povo escolhido, continuamente torturado e morto, mas também continuamente restituído à vida.
         Estamos, portanto, diante de um poema religioso que estimula variadas interpretações, as quais parecem encontrar seu fundamento na própria linguagem utilizada pelo salmista, rica em imagens, símbolos, evocações, provocações.

O autor Walter Eduardo Lisboa é mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontificio Instituto Bíblico de Roma.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Henrique Martin 1781 – 1812

Por Taciano Cassimiro

Henrique Martin, pastor e missionário anglicano foi um daqueles que costumamos chamar de “gigante na fé”. Sua vida de fé, piedade e serviço serve-nos de inspiração e exemplo, que deve ser seguido por todos os combatentes da fé. Sua história não foi muito diferente dos demais lutadores da fé. Mesmo formando-se com méritos, desistiu da carreira de advogado, para dedicar-se as Missões, principalmente, depois de ouvir um sermão sobre o “ Estado Perdido dos Pagãos “.

FRASES DE H.MARTIN
·        “...parece...que posso orar para sempre sem nunca cansar. Quão doce é andar com Jesus e morrer por Ele..”
·        “ Que eu seja uma chama de fogo no serviço divino “
·        “ Se eu viver ou morrer, que Cristo seja magnificado pela colheita de multidões para Ele “
·        “ Um moribundo, pregando aos moribundos “
·         “ Agora, Senhor, quero arder até me consumir inteiramente por Ti “.
Henrique Martin era homem piedoso, costumava levantar-se cedo para desfrutar da comunhão com Deus, amava ler as Escrituras Sagradas. Sua vida foi grandemente influenciada pela história de dedicação e pioneirismo de Guilherme Carey (1761-1834) na Índia. Assim, decidiu ser missionário na Índia. Seu ministério também foi influenciado pelo testemunho de David Brainerd (1718-1741), o “ Grande Arauto aos peles-vermelhas “.

Martin enfrentou diversas dificuldades: os costumes pagãos, cultos aos demônios e forte perseguição. Parecia até que Martin era “ vizinho do inferno “,. Além disso, o mesmo encontrava-se longe da família, distante de sua noiva, e lutava contra a tuberculose que ardia no seu peito.

Seu ministério na Índia foi muito difícil, mesmo diante da falta de frutos, não deixou de pregar, e não abandonou seu projeto de traduzir as Escrituras. Como fruto do seu trabalho conseguiu traduzir porções das Sagradas Escrituras para as línguas de uma quarta parte de todos os habitantes do mundo. O Novo Testamento em hindu, hindustão e persa e os evangelhos em judaico-persa são apenas uma parte de suas obras.

Como pregador, sua mensagem era simples, e sempre se dirigia como “um moribundo, pregando aos moribundos”. Ele possuía a simplicidade dos verdadeiros servos de Deus.

Depois de seis anos e meio de ministério na Índia. Durante uma viagem faleceu Henrique Martin aos 31 anos de idade. Sua vida, seu exemplo de fé e dedicação despertou muitos filhos de Deus para a obra missionária.

De fato Henrique Martin foi um grande servo de Deus, um gigante incansável na obra do Senhor:
            Na sua vida de oração,
            Fidelidade ao chamado de Deus,
            Simplicidade como pregador,
            Dedicação a seara, e espírito desbravador,
Sirva-nos de inspiração em nossas vidas e ministérios, que o Espírito Santo nos ajude a sermos “ Uma Luz Gasta Inteiramente por Deus “, como foi nosso irmão Henrique Martin.

Fonte: Heróis da Fé e adaptado ( comentários ) 


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Como Ser Um Ministro Fiel



Por Taciano Cassimiro na Igreja Presbiteriana 9 de Dezembro, Maceió-AL. 09/01/2010 

I Tm 4.6-16

São muitos os desafios enfrentados pelos ministros do evangelho em nossos dias. Não só pelos ministros, por todos os que verdadeiramente seguem a Jesus Cristo e seu evangelho. Os desafios são os mais diversos: teologia da prosperidade, pentecostalismo ( cultura ) e seus excessos, neo-pentecostalismo com suas propostas tentadoras de riqueza e saúde constante como prova de fé e fidelidade. Também incluo nesta lista a ortodoxia sem ortopraxia. Muita letra, muito grito, muita filosofia, muito debate, e pouca vida.

A primeira epístola do apóstolo Paulo a Timóteo foi escrita da Macedônia, depois de haver visitado a cidade de Éfeso, onde havia deixado Timóteo. A data da escrita é 64 d.C. (datas prováveis variam entre 64 e 67) (entre as duas prisões em Roma).

Paulo escreve esta epístola pastoral com no mínimo três propósitos específicos:

    1) Exortar o próprio Timóteo a respeito do seu ministério e de sua vida pessoal;

   2) Exortar Timóteo a defender a pureza do evangelho e seus santos padrões da corrupção causada pelos falsos mestres;

    3) Dar a Timóteo instruções a respeito de vários assuntos e problemas de Éfeso.
Timóteo tinha diversos desafios ( pessoal e ministerial ) e diante dos mesmos, era necessário ser UM BOM MINISTRO.

Mas,
   Como Ser Um Ministro Fiel?

    1.Ensinando a Palavra de Deus v.6

O bom e fiel ministro ensinará sempre a Palavra de Deus e dará a ela primazia. O ensino basicamente tem dois aspectos:

1.1.Orientar e ordenar: pelo ensino somos alertados, orientados e intimados a seguir sua orientação. Há Palavra de Deus é lâmpada e luz para os nossos caminhos ( Sl 119.105 ). Infelizmente em muitas igrejas a Exposição da Palavra de Deus não existe mais.

1.2.Denunciar: é impossível ensinar sem denunciar os falsos mestres e seus ensinos perniciosos e destrutivos. E era isso que Timóteo deveria fazer e fazendo isso séria um bom ministro.

Verdade é que nem sempre denunciamos os ensinos e os falsos mestres com a mesma ousadia, habilidade e fidelidade a Palavra de Deus como Paulo e demais apóstolos.

     2.Exercitando a Piedade V.7

No nosso contexto piedade é “virtude que leva a render a Deus a honra que lhe é devida. Devoção, oração, leitura e prática da Bíblia.

Para Calvino, pietas designa a atitude correta de um homem para com Deus. É uma atitude que inclui conhecimento verdadeiro, adoração sincera, fé salvadora, temor filial, submissão e amor reverentes. Saber quem e como Deus é (teologia) envolve atitudes corretas para com Ele e fazer o que Ele deseja (piedade).

Como ministro fiel Timóteo deveria se ” exercitar na piedade “, ou seja, sua vida deveria ser marcada, regada pela piedade. Há piedade deveria ser uma prática constante em sua vida e ministério.

O ministro fiel precisa:

· Ler e refletir, Nunca descuide da leitura diária da Bíblia em sua privacidade, e quando lê-la recorde que Deus está te falando e que deves crer e obedecer sobre o que Ele lhe diz.

· Vida de oração, Nunca descuide da oração particular diária; e quando orar, recorde que Deus está presente e que Ele ouve as tuas orações. Na observação de Calvino a oração é "o principal exercício da fé, mediante a qual recebemos diariamente os benefícios de Deus".

· Vida de santidade, o ministro, o servo de Deus precisa ter uma vida santa e exemplar.

Calvino disse: “Ofereço-Te meu coração, Senhor, imediata e sinceramente”.Esse é o desejo de todos os que são verdadeiramente piedosos. Contudo, esse desejo pode ser realizado apenas por meio da comunhão com Cristo e da participação nEle; pois, fora de Cristo, até a pessoa mais religiosa vive para si mesma. E apenas em Cristo os piedosos podem viver como servos voluntários, soldados leais de seu Comandante e filhos obedientes de seu Pai. A santidade é provada pela obediência.

3   3. Tornando-se padrão v. 12, 16

Tornando-se padrão dos fiéis.

Padrão em que ?

Paulo diz a Timóteo que ele deveria ser um padrão para os fiéis, no mínimo em cinco áreas, são elas:

3.1.Na palavra – o ministro deve ter cuidado com suas palavras, as mesmas devem ser edificantes.
3.2.No procedimento – o ministro deve proceder de forma integra e reta, que reflita temor de Deus.
3.3.No amor – o ministro deve ser amoroso, ser exemplo no amor para com os irmãos e para os que estão de fora, e no seu amor para com Deus e sua obra.
3.4.Na fé – o ministro deve ser exemplo de fidelidade, sua fé deve ser exemplar.
3.5.Na pureza – o ministro deve ser exemplo de pureza. Pureza nas palavras, nas ações, nos relacionamentos e principalmente na obra de Deus.

Se Timóteo seguisse as orientações de Paulo, seria um ministro fiel e exemplar. Tornando-se assim um padrão para comunidade cristã de seus dias.

Infelizmente muitos ministros deixaram de ser padrão há muito tempo, pois deixaram de colocar em prática os ensinamentos da Palavra de Deus. Mantêm a aparência, mas a essência já não existe.

Que Deus nos ajude a sermos fiés.

 4. Tendo cuidado da doutrina v. 16

Timóteo tinha sido instruído por Paulo na boa doutrina de Jesus Cristo e de seus apóstolos, e agora ele deveria permanecer e ensiná-la.

Há doutrina é fundamental para saúde do ministro e da comunidade cristã. Por isso, o mesmo não deve vacilar, é preciso estudo constante, reflexão, oração e dependência do Espírito Santo.

Muitos naufragaram na fé nos dias de Paulo por darem ouvidos a doutrinas de falsos mestres inspirados por demônios. Em nossos dias não é diferente, os ensinos falsos são diversos e têm trazido danos, muitos danos ao arraial cristão.

Bíblia é nossa regra de fé e prática, tão bem utilizada pelos reformadores a ponto de nos deixarem uma bela herança “ A TEOLOGIA REFORMADA “: A teologia reformada é abrangente, envolvendo aspectos doutriná­rios, forma de governo eclesiástico, padrões para o culto e um modo específico de encarar questões políticas, econômicas e sociais. As princi­pais expressões dessa teologia são os escritos dos reformadores da tradi­ção suíça (Ulrico Zuínglio, João Calvino, Martin Bucer, John Knox, Teodoro Beza e outros) e os muitos documentos confessionais elabora­dos pelas primeiras gerações de reformados. Os exemplos mais significa­tivos são: os Sessenta e sete artigos de Zuínglio (1523), a Primeira confissão helvética (1536), a Confissão de Genebra (1536), o Catecismo de Genebra (1542), a Confissão galicana (1559), a Confissão escocesa (1560), a Confis­são belga (1561), o Catecismo de Heidelberg (1563) e a Segunda confissão helvética (1566). São especialmente importantes a Confissão de Fé e os Catecismos elaborados pelos calvinistas ingleses - os puritanos - na Assembleia de Westminster (1643-1648).

Algumas ênfases especiais da teologia reformada são a plena sobera­nia de Deus, a eleição ou predestinação, o livre-arbítrio entendido como livre agência, a soteriologia monergista que reconhece a prioridade da iniciativa divina, o conceito simbólico dos sacramentos, a noção do pacto (das obras e da graça) e a importância da lei de Deus. Essa teologia é abraçada particularmente pelas igrejas presbiterianas, e também por muitas igrejas congregacionais e batistas.

O ministro tendo cuidado da doutrina será capaz de salvar-se dos falsos ensinos, e ainda salvará a comunidade cristã da praga chamada “ falsas doutrinas “.

Um Ministro fiel terá cuidado com a doutrina:
Ensinando e vivendo.

Conclusão

Que Deus nos ajude a sermos fiéis ministros, ensinando a Palavra de Deus, exercitando a piedade, tornando-se padrão e tendo cuidado da doutrina.
Que Deus nos ajude!


Taciano Cassimiro